em 10 de novembro de 2005
Resumo: A Rede Globo poderia mostrar como todos os brasileiros pagam gordas somas a alguns cidadãos que fizeram o imenso favor de tentar transformar o Brasil num país comunista.
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A Rede Globo está brincando com fogo ao assumir uma série de posturas que somente a sua direção parece não perceber que estão colocando as organizações Marinho no caminho da decadência, da qual será bastante difícil se recuperar.
A emissora e seus associados está ultrapassando todos os limites da ética, do bom senso e do mínimo de imparcialidade que se espera ter dos organismos de comunicação de massa, com a enorme capacidade de penetração que ainda possuem.
É fantástico que seu programa dominical – que tem o mesmo nome desse adjetivo da língua portuguesa – ainda esteja insistindo em dar destaque a fatos relacionados ao período do governo militar, que, ainda no mundo de hoje, consegue ter a coragem de chamar de "ditadura", fazendo questão absoluta de continuar a perpetuar uma imagem, insustentavelmente mentirosa, de "glamour" e heroísmo de terroristas, declaradamente intencionados a fazer deste país uma ditadura comunista.
Uma ditadura que aplacou a luta armada comunista, desarticulou fascistas de direita e "obrigou" o Brasil a erradicar a miséria e o desemprego de pelo menos 60% da população e que colocou o país nos trilhos do desenvolvimento. Ditadura que permitiu aos comunistas desenvolverem talvez a mais bem sucedida campanha promocional de sua ideologia de todos os tempos, em escolas, universidades, nas artes e na mídia. Ditadura que foi permitindo a infiltração da militância comunista em todas as instituições, públicas e privadas. Ditadura que, em vinte anos, causou a morte e prendeu a "assustadora" quantidade de 500 pessoas e salvou do horror comunista uma ínfima maioria de 90 milhões de brasileiros.
A matéria do Fantástico reclamava da demora da liberação dos arquivos da "ditadura" ao acesso público e retomava a denúncia da queima de documentos oficiais daquele período, ocorrida ao lado de um quartel da Aeronáutica, em dezembro de 2004. Passou mais de 4 minutos comparando os laudos anterior e atual, como se estivesse prestando um grande serviço à nação que, cercada em escândalos de corrupção, falta de dinheiro e de perspectivas, estaria imensamente preocupada com uma suposta ditadura que afetou cerca de 0,001% da população brasileira, há 41 anos.
No imenso tempo dedicado à matéria, o Fantástico não reservou, entretanto, um único segundo, para falar do real interesse por parte das Forças Armadas em que todos os arquivos sejam abertos INDISCRIMINADAMENTE – naturalmente, para que todos os brasileiros possam também conhecer melhor personalidades que ainda hoje posam de heróis. Sobre isso, falou a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rusef, que disse que os documentos já estão quase prontos para ser divulgados, FEITAS AS DEVIDAS CENSURAS que, segundo ela, poderiam revelar particularidades da vida íntima de pessoas, consideradas IRRELEVANTES ou ETICAMENTE INAPROPRIADAS: "Não se pode revelar a intimidade das pessoas, assim, irresponsavelmente".
Devemos nós brasileiros entender que, muito provavelmente, estas particularidades estejam relacionadas com atitudes de seus colegas que viriam a revelar o frio planejamento de seqüestros, de assassinatos, de assaltos a bancos e de atentados terroristas – tudo em nome do ideal comunista, e não democrático, como insistem alguns em ainda mentir. Ideal este que, ainda hoje, cultua o princípio de que os fins justificam os meios e para o qual todo aquele que comete crime em nome da revolução é “herói”, e todo aquele que reage a ele é traidor "dos anseios do povo".
Como não poderia deixar de ser, durante toda a apresentação da matéria, fotos e mais fotos de trechos dos documentos queimados que continham palavras como "tortura", "amarrado", "pendurado" e coisas do gênero. Não revelaram outra como assassinato a sangue frio de militares, explosões para trucidar civis em nome da causa e assalto seguido de morte para angariar fundos para o movimento. Afinal, para a mídia, isso não existiu, não é mesmo?
Também não deixaram muito claro, na matéria, que as pessoas envolvidas nos episódios deste capítulo de nossa história, optaram pela luta armada para promover a revolução comunista, por livre e espontânea vontade e que, hoje, recebem pagamentos ou já receberam indenizações dos cofres públicos por isso. Todos nós brasileiros pagamos gordas somas a estes cidadãos e aos seus familiares por terem nos feito o imenso favor de tentar fazer do Brasil um país comunista. Muito justo, não?
Entretanto, o mais fantástico ainda estava por vir. A matéria seguinte mostrava o arrependimento de um pobre cientista que ajudou a construir a bomba atômica e a frieza de dois militares que jogaram as bombas em Hiroshima e Nagasaki. Tema requentado, embora polêmico. A ausência de fato ou datas que justifiquem a veiculação da matéria e a abordagem da personalidade dos envolvidos, mostrando a sensibilidade científica e a implacabilidade militar, só nos leva a crer que o objetivo tenha sido passar a seguinte mensagem, que, de tão óbvia, custa-me ter que qualificá-la de subliminar: militares são torturadores e implacáveis assassinos cumpridores de ordens.
Ato falho da mídia global ao constatar a desconstrução da mentira heróica dos canalhas comunistas e a inegável maior competência governamental dos governos militares – inegavelmente, também, infinitamente menos corruptos. E o pior: a população inteira já enxergou isso. Realmente é fantástico!
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